Há na imagem uma luta desesperada pelo protagonismo.
Luta insana pelo espaço estético, elástico. As camisas, a chuva, os jogadores e
a bola disputam o campo com a luz, facho que explode no movimento e toma o
corpo de quem corre. Tudo pela posse; tudo contra a poça.
O primeiro a observar a harmonia da cena foi Ailton
Cruz, que poderia, se quisesse, ter vencido o jogo em Coruripe com a foto. Não
o fez, mas foi capaz de dar nova dimensão à partida. Imagem feita para ganhar o
tempo e a plateia. Resultado exposto,
olhar aguçado, cena atemporal.
Texto: Victor Melo
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